quarta-feira, 14 de julho de 2010

Subestimar os jovens, em tempos de Internet, é insensato... Será?

Esta semana, encontrei no site de networking do qual faço parte, o seguinte tópico: “Publiquei recentemente no Webinsider e no meu blog (http://piorespraticas.wordpress.com) um artigo-desabafo. O ponto é: por acharem que em time que está ganhando não se mexe, muitas vezes pessoas experientes desprezam a opinião, e até a concorrência, de mais jovens. No entanto, são esses jovens, na maiora das vezes, quem melhor domina a 'linguagem' da internet. Queria saber a sua opinião sobre o assunto.”

E aqui vai minha ponderação sobre o assunto. Há aqui neste grupo alguns tópicos falando do preconceito sobre as pessoas com mais de 45/50 anos. Hoje, vi seu tópico falando do preconceito existente em não se dar voz aos jovens no que concerne à Internet.
Sabe o que eu penso? Acredito que o melhor nas nossas vidas não é só o coração, nem só o cérebro, mas o EQUILÍBRIO. E para tomarmos decisões equilibradas, agirmos equilibradamente, é fundamental tirarmos a palavra 'preconceito' do nosso vocabulário.
Não sei se você já teve a oportunidade de ver, e aqui estou saindo do ambiente de um escritório, pessoas idosas em contato com crianças ou adolescentes. Quando isso é feito despretenciosamente, o resultado é uma interação maravilhosa. A troca de emoções e pensamentos (coração e cérebro) é sensacional. Existem duas experiências deste tipo sendo feitas em asilos públicos na França e Alemanha. Vi uma reportagem séria e bem feita sobre o tema. Quando esta interação entre gerações se dá, há uma melhora considerável na qualidade de vida de todos.
Os jovens passam a se questionar mais e a buscar a história em torno do que foi conversado. Os idosos passam a se abrir mais para novas experiências e a relembrar que quando tinham aquela idade, eram abertos às novas idéias.
Voltando ao ambiente do escritório, esse seria o ideal de uma equipe. Assim como temos negros, brancos, gordos, magros, altos, baixos, mulheres, homens, também precisamos ter jovens e maduros fazendo parte da mesma equipe. A mistura de experiências é que dá a "liga" na massa; aquela massa na qual temos de "colocar a mão".
Você diz assim, na introdução do seu tópico, "por acharem que em time que está ganhando não se mexe"... Eu não sei, mas, será que é por este motivo que andam desprezando a opinião dos mais jovens? Eu acho que não. Eu acho que é muito pior do que isso. É por MEDO.
Os mais "experientes" têm medo de perder seu lugar para os mais jovens. Os mais jovens têm medo de serem desbancados pelos mais experientes. E assim, de medo em medo, essa corrente vai indo e vira moto-contínuo. Quem vai quebrar esta corrente? Eu não sei. Não será uma única pessoa. São muitas. Somos todos nós. Talvez, não estou certa, mas talvez, se cada um de nós passar a esquecer o MEDO em casa ao sair para o trabalho... Quem sabe, não chegaríamos todos de corações mais abertos para incorporar na equipe, os mais habilidosos para cada tipo de tarefa?
Porém... Para isso, teremos de ser mais altruístas e verdadeiros. Não para com os outros apenas, mas principalmente, para conosco.
O ponto é que isso tudo aí que eu escrevi constitui-se em uma "revolução" imensa que todos precisaremos, mais dia menos dia, de empreender dentro de nós mesmos. Acredito que essa revolução é a mais difícil de todas as que já ouvi falar. Por isso, talvez ainda leve muito tempo para chegarmos lá.
Interação entre gerações não pode ter rótulos
E veja que eu nem precisei rotular as pessoas de gerações diferentes de ‘X’, ‘Y’ ou ’Z’... Mas aqui já é uma outra história.

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