domingo, 20 de novembro de 2011

Ninguém merece...

Claro que é. Como dizer que morar numa casa com jardins e piscina, e ainda ter um lindo Labrador caramelo, não é um sonho? É inegável. Mas tem seus dias de pesadelo também. Juro. E posso provar.

Claro que é preciso ter um empregado para cuidar dessas coisas. Manter a piscina limpa, manter os jardins aparados e cuidados, manter os pisos do quintal limpos, passar inseticidas para prevenção de pulgas com periodicidade mensal em todas as partes da casa (internas e externas), dar banhos periódicos no “cãozinho”, fazer controle mensal com produtos anti-pulgas e carrapatos no bichinho e mais um zilhão de pequenas coisinhas, como trocar lâmpadas queimadas e afins. Simples, não? Sim, é simples, quando todo o processo, penosamente desenhado, está na esteira e rolando normalmente, sem imprevistos. Entretanto, quando um detalhe não é seguido à risca, pode desencadear uma série de eventos em efeito dominó. É nesses dias que você tem vontade de sumir no ar, como uma “fumacinha”.

Hoje foi um desses dias. Um desses dias em que senti uma vontade irresistível de me transformar numa “fumacinha” que, efêmera, esmaece no ar. Neste belo domingo de outono, ao acordar, fui ao quintal para alimentar nosso Cão. Nosso?! Essa é uma história à parte. Minha filha ganhou o filhotinho como presente de Natal do seu namorado há três anos. Isso porque eu bradava em alto e bom som que enquanto ela morasse comigo era proibido ter cães na casa. Obviamente, ela deu um jeito de fazer o Cão chegar até a casa sem que fosse diretamente das suas mãozinhas. Com isso, desde 25 de dezembro de 2008, sem qualquer outra saída, tive de adotar um neto de quatro patas. Não tratar bem um animalzinho está fora de cogitação na minha cabeça.

Durante seu primeiro aninho de vida, o Cão praticamente destruiu toda a casa. E onde estava a mãe dele? Passando o Ano Novo, Carnaval, Páscoa... A viajar com o “pai” do Cão. Cuidar dele, de verdade, ela jamais cuidou. Sequer um xixizinho ela limpou. Atualmente ele está menos pior.


Não dá pra resistir a essa carinha...

Voltando ao meu domingo outonal, quando olhei ao redor de mim, quase não acreditei. Nosso empregado maravilhoso faltou na sexta-feira e não apareceu, conforme prometera, no sábado (ontem). Com isso, a piscina está verde, o Cão está (re)infestado de pulgas, pois o empregado não retirou a cama do animal para lavar ou jogar fora, quando eu encontrei o Cão infestado no sábado passado. Depois de tanto trabalho e gastos para debelar as famigeradas pulgas, hoje, no meu belo domingo outonal, descobri-o repleto delas outra vez. Uma semana após o “dia de cão” que vivi no sábado anterior! Sim, leitores, quando se trata o animal para matar as pulgas adultas, controla-se apenas 5% de problema, porque 95% das pulgas estão no ambiente nas formas de ovo, larva e casulo. Lembrem-se que, para cada pulga no animal, existem dezenas de descendentes, em suas várias formas, no ambiente!

E não é só isso, meus caros. Para fechar com chave de ouro, o quintal, que já não estava um primor de limpeza pela falta do senhor caseiro, está um nojo. Explico. O Cão deve ter comido alguma coisa impossível de se imaginar, pois ele come qualquer coisa que vê pela frente, e teve um ”piriri” fenomenal, daqueles de deixar o quintal do jeitinho que o diabo gosta.


Eu, pobre mortal, que pensava em dar uma passadinha rápida pelo supermercado, e na volta escrever um novo post para o blog, não consegui me mover. Virei a comida no pratinho dele, sentei-me na soleira da porta e, olhando para aquele monte de cocôs, de todas as consistências possíveis, espalhados pelo quintal, chorei. Chorei como uma criança. O desânimo abateu-se sobre mim. Tirei da cabeça a ida ao supermercado e, só de raiva, sentei-me ao computador para, numa espécie de catarse, escrever tudo isso de presente para vocês, leitores queridos. Sim, este é o meu post de hoje. Lambuzem-se com meu desespero. Agora, com a licença de todos, vou atacar o problema de frente. Bom domingo de outono.




2 comentários:

  1. Eliane, minha amiga
    Quando a situação não está do nosso agrado (só para usar um eufemismozinho aliviante), olhe para o lado e veja outras situações piores. Eu uso desse artifício para não me desesperar quando o "bicho pega". Às vezes faz efeito... rsrsrs
    Quanto ao seu domingo "outonal", embora S.Pedro esteja sendo bonzinho conosco (por enquanto), parece que Vc está aqui só em corpo pois sua alma está no outono de Paris.Ou Vc esqueceu que estamos na Primavera? rsrsrrsrs
    Bjnhos

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  2. Pois é, Marilda. Isso é bom para eu sentir que ser perfeccionista de nada adianta. Quando tem de acontecer, simplesmente acontece. Que bom que tenho vocês, meus leitores VIPs, para me acordar dos eventuais pesadelos.

    Só pra vc ter uma ideia, enquanto eu escrevia esta resposta a vc, o Cão literalmente comeu quase um pé inteiro da minha meia soquete novinha.

    Qualquer dia, por mais que eu seja apaixonada por ele, vou colocar um anúncio aqui para fazer a doação de um Cão órfão de pai e mãe, que enlouquece a avó.

    Já me retratei em novo post. Essa foi demais. Ao ler seu comentário, só pude dar uma gargalhada nervosa. KKKKK

    beijinhos

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Tô só de olho em você...
Já ia sair de fininho sem deixar um comentário, né?!
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