sábado, 24 de dezembro de 2011

Natal? O que é o Natal?

Se eu deixar aqui hoje, véspera de Natal, um desenho, uma animação, uma foto ou coisa que o valha, com a “carinha” estilizada de Jesus Cristo, todos achariam o mais natural dos posts, afinal de contas hoje é dia 24 de dezembro, véspera de Natal.

Às vezes, tenho inspiração para propaganda de margarina, e até faço umas coisinhas interessantes. O que, até entendo, mas não consigo compreender, é como tantas e tantas e tantas pessoas, ditas esclarecidas, ainda não tenham sentido a “ficha cair” com relação às datas marcadas a ferro e fogo no calendário.

Vou fazer um “caça às bruxas” Express para tentar deixar bem clara a minha intenção com o texto. Nessa “brincadeira” de calendário, a instituição Igreja Católica "lavou a égua". Mais do que deputado em Brasília, recheou de datas “santas” (tudo em nome Dele) os 365 dias do ano. E isso a tal ponto, que atualmente existe um Santo/São “alguma coisa” para ser celebrado a cada um dos 365 dias do ano. Há ainda todos os rituais da Igreja Católica, sempre em nome Dele, é claro, desde o Seu nascimento até Sua morte na cruz, passando pela ressurreição etc etc.

Mas nem tudo é culpa exclusiva da Santa Igreja. Os senhores detentores das tilitantes moedinhas, desde séculos imemoriais, muito antes do Tio Patinhas, já se preparavam trabalhando na evolução de algo que, muitos séculos mais tarde, ficaria conhecido no novo mundo, as Américas, como Marketing. E o mais interessante é que quando essa praga do consumismo (não confundir com consumo) fora de qualquer padrão de normalidade, menos ainda de naturalidade, finalmente colocou suas garrinhas de fora, já não havia mais a Santa Inquisição para queimá-lo vivo em praça pública, assim como fizeram com as “bruxas” e os “alquimistas” em plena idade média. A Santa Inquisição começou lá pelos idos de 1200, na França e só foi terminar no século XX. Sim, no século XX. A "Congregação da Sacra, Romana e Universal Inquisição do Santo Ofício", por exemplo, existiu entre 1542 e 1965, mais de quatro séculos ininterruptos. Naquele ano, o Concílio Vaticano II, durante o pontificado de Paulo VI, assumiu seu nome atual, "Congregação para a doutrina da Fé". Se só mudou de nome, como assim acabou? É a vida.

O “Avemarketing”, HeilMarketing realmente “enfeitiçou” a tal ponto o ser humano da era moderna, da revolução industrial, do pós-segunda grande guerra, da globalização etc que, atualmente, podemos saber o dia do mês em que estamos pelas propagandas dos grandes shopping-centers do mundo ocidental e de parte do oriental que já sucumbiu aos presentes de Natal e quaisquer outras festivadades (tudo muito católico, claro).

Quem não gosta de se engalfinhar com os outros nestes paraísos do consumo, perto de datas como Natal, Dia das Crianças, Dias das Mães, dos Pais, Páscoa, blá, blá, blá? Tudo por um ovo de Páscoa ou um brinquedo eletrônico que pagará em “zilhões” de prestações apenas e tão-somente para se sentir aceito na atual sociedade, que dita as regras de quem pode e quem não pode fazer parte dela, emergentes ou não. O ser humano já perdeu há algum tempo a noção de liberdade de pensar, mesmo sem o saber. Ele não manda mais em si próprio. Seu verdadeiro amo e senhor atende pelo nome de “Marketing”. Goebels era mestre nesse métier.

Presentes, materiais ou não, deveriam ser dados e/ou recebidos em qualquer dia do ano, em qualquer época da vida. Basta haver algo a ser celebrado. A vida, por exemplo. Ou a fraternidade, ou o respeito ao próximo, ou a natureza, o amor, ou apenas... A felicidade. Jesus Cristo? Ele está lá, em algum lugar, sentado qual “O Pensador” de Rodin, a repetir...



“Como essas minhas ovelhas são lerdas no aprendizado... E olha que estive lá, pessoalmente, para a aula inaugural e, ainda assim, parece que não adiantou nada!”



Feliz Natal, leitores!





0 comentários:

Postar um comentário

Tô só de olho em você...
Já ia sair de fininho sem deixar um comentário, né?!
Eu gosto de saber sua opinião sobre o que escrevo.
Não tem de ser só elogio... Quero sua opinião de verdade!