terça-feira, 8 de junho de 2010

O Dia Mundial dos Oceanos e a British Petroleum

Hoje é o Dia Mundial dos Oceanos, que começou a ser celebrado em 8 de junho de 1992, durante a Rio-92, na cidade do Rio de Janeiro. No momento, esta data ainda não foi oficialmente estabelecida pelas Nações Unidas. A data foi criada com a finalidade de, a cada ano, fazer um tributo aos oceanos e aos produtos que eles fornecem, tais como frutos do mar.
Oceanos como devem ser, com vida...
Não é apenas isso. Para quem pensa que a Amazônia é o pulmão do mundo, é interessante conhecer os microorganismos mais importantes do momento no planeta, os fitoplânctons.
Fitoplânctons são minúsculas plantas marinhas que florescem sob águas frias e ricas em nutrientes. A notável coloração é causada pela reflexão da clorofila produzida pelos organismos, que assim como as plantas terrestres, usam o processo de fotossíntese para criar carboidratos a partir de dióxido de carbono e água.
Nesta imagem, feita no dia 18/12/2009 pelo satélite de sensoriamento remoto Aqua, vemos uma grande e densa mancha azul-esverdeada, formada pela florescência de fitoplânctons ao leste da Patagônia, na Argentina.
Foto tirada da Apolo XI, monitorando o meio-ambiente
No caso desta imagem, a corrente das Malvinas, vinda do Sul, se desloca para o norte e encontra a Corrente do Brasil, que se movimenta ao longo da costa leste da América do Sul. A região onde as correntes se encontram é grande, mas varia de tamanho e localização. Dentro dessa zona, o choque entre as correntes frias e quentes agita ainda mais as águas do oceano, fazendo com que as águas frias e profundas, ricas em nutrientes venham à superfície. Essa água age como um fertilizante, necessário ao crescimento das plantas.
A elevação das temperaturas da água do mar, verificada nas últimas décadas, vem provocando uma diminuição considerável na quantidade desses microorganismos. Repare no canto superior da imagem, parte da costa Argentina, mais precisamente a região de Baía Blanca.
Pois é em pleno Dia Mundial dos Oceanos que temos de vivenciar as proporções alarmantes da explosão da plataforma Deepwater Horizon, operada pela empresa petrolífera British Petroleum (BP), no golfo do México, ocorrido no dia 21/05, no qual morreram 11 pessoas, e que parece não ter fim.
A área da mancha de petróleo formada após a explosão triplicou de tamanho rapidamente aumentando a tensão entre os especialistas de que o desastre possa ser muito maior do que o estimado.
O vazamento de petróleo no Golfo do México
No entanto, face à integração dos ecositemas e à disseminação dos elementos tóxicos no meio líquido do Oceano Atlântico, as perdas finaceiras previstas jamais revelarão o volume de perdas econômicas numa perspectiva ecológica.
A British Petroleum (BP) instalou um novo dispositivo para conter o derrame de petróleo no Golfo do México, que, só no primeiro dia, permitiu a recuperação de 950 mil litros de petróleo. Imaginem o tamanho desta catástrofe. Infelizmente, quem mora nos grandes centros, longe da natureza, não tem a exata noção do que seja isso.
As ações da BP despencaram nos mercados financeiros em todo o mundo, mas e as perdas ambientais? Atualmente, não se tem um consenso de como medi-las, se é que existe um meio de fazê-lo.

Fonte da foto: Apolo11 
http://www.apolo11.com/meio_ambiente.php?posic=dat_20061226-080910.inc

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