domingo, 20 de junho de 2010

Paris sempre arrebatará meu coração

Estive em Paris em maio deste ano por quinze dias. Quando voltei da viagem, fiz um desabafo, uns resmungos mesmo, em três partes aqui no blog, contando sobre dois incidentes, que me deixaram muito aborrecida.
Este post não é para desmentir nada do que escrevi nos anteriores. Ao contrário, é para fazer justiça à cidade de Paris, pois ainda não falei de nenhum dos seus pontos fortes (e eles são muitos), ou seja, aqueles que fazem milhões de turistas visitarem, em todas as estações do ano, aquela que é, sem sombra de dúvida, a cidade modelo de urbanismo para o mundo.
Plâce de la Concorde vista da Igreja da Madeleine
A cidade de Haussmann, urbanizada e modernizada entre 1853 e 1870, é a Paris que conhecemos hoje. Uma cidade com largas avenidas e boulevares, uniformemente arborizados de ambos os lados; de calçadas largas (e sem pedrinhas portuguesas!); de praças e jardins públicos por todos os quartiers; de sinalização perfeita com o nome das ruas em cada esquina; padronização dos prédios construídos neste período; água e esgotos tão limpos que pode-se visitá-los em museu criado para este fim; infra-estrutura das redes elétrica, de gás e telecomunicações subterrâneas; um sistema intermodal de transportes de massa que permite o mínimo de engarrafamentos na cidade. 
Paris antes e depois de Haussmann
É suficiente? Ainda não. Uma das coisas que mais me chama a atenção em Paris é a ausência de poluição visual. Não obstante o fato de as redes de infra-estrutura serem subterrâneas, não há mega letreiros chamativos, de gosto duvidoso, nas lojas da cidade. Tudo é extremamente discreto e de bom gosto, como são os próprios franceses (Ok que eles têm o narizinho um tanto empinado... Mas é porque eles PODEM, pessoal, eles PODEM).
A cidade não tem postes de iluminação na maioria esmagadora das ruas “de bairro”. São luminárias presas aos edifícios, o que permite, além da ausência de poluição visual, um fluxo mais confortável de pedestres nas calçadas, até porque as calçadas dos bairros são mais estreitas do que às das ruas mais centrais.
As calçadas são limpas e provida de lixeiras por toda parte. A propósito, as lixeiras de rua não ficam abarrotadas, jogando lixo para fora. A limpeza pública é muito bem feita. Os monumentos parisienses são muito bem cuidados. Cada parte dourada de cada monumento da cidade tem manutenção constante.
Agora um item à parte, o estilo de vida dos franceses. É inegável que qualquer pessoa normal adoraria viver em uma cidade na qual se pode caminhar com tranqüilidade; ou ir ao trabalho de bicicleta; ter estações do metrô bem pertinho de casa e do trabalho; poder comer os melhores queijos e os melhores vinhos (incluindo o champagne) do mundo a preços módicos; ter mercados de médio porte em cada bairro, sem que a pessoa precise se deslocar de carro para fazer compras; ter lojas de frutas tão belas que parecem uma pintura; não comer jamais, em lugar nenhum, de pé ou sentado em banquinhos altos; ter sempre um café a sua vista com cadeirinhas charmosas; alimentar-se bem com frutas, legumes, verduras e... queijos, croissants, baguetes... insuperáveis; não precisar fazer lanchinhos no McDonald’s (em Paris nem percebemos que eles existem) etc etc???
Agora já é suficiente, não? Ainda não. Não há como falar de Paris sem dizer que aquele pedacinho do mundo tem algo de especial que ninguém sabe exatamente o que é, mas que existe, existe sim. É o ar que se respira, uma energia diferente na atmosfera da cidade. Você se sente como que embriagado pelo lugar como um todo, pois que Paris é bela, é inegável. Isso se percebe claramente quando se fazem os famosos passeios nos ‘Bateaux Parisiens’ pelo rio Sena. O embarque é em frente à Tour Eiffel.
Jantar no Bateaux Parisiens
Tudo em Paris convida ao romance. E se há algo mais romântico e charmoso do que um jantar em um barco deslizando serenamente pelo Sena ao som de piano e violino, avisem-me, por favor, pois eu desconheço. Talvez as gôndolas de Veneza sejam suas concorrentes diretas, mas como esse passeio eu ainda não fiz, não posso comparar.
Rosas francesas
Ahh, sim... Estava tão longe, a bordo dos Bateaux Parisiens, que quase me esqueci de falar sobre as rosas francesas. Elas são diferentes e perfumadíssimas. Não é à toa que a França produz os melhores perfumes do mundo.
Enfim, não há cidade no mundo que tenha tantos predicados reunidos ao mesmo tempo, arte, flores belíssimas e o perfume das rosas, parques relaxantes, gastronomia especialíssima, poesia, atmosfera de pura beleza, sedutora e cheia de convites a desejos e tentações.
Está diante dos nossos olhos. Incontestavelmente essa cidade é Paris, a capital do mundo.

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