segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Da Série "Castelos na França" ... Take a time to daydream...


Château de Challain-la-Potherie ao anoitecer
 O Château de Challain-la-Potherie fica na comuna de Challain-la-Potherie no Maine-et-Loire. O castelo é uma construção do século XIX tombada pelo patrimônio francês. Ele está localizado a cerca de 45 km de Angers. É um castelo de estilo gótico feito em ‘tuffeau’ construído pela família La Rochefoucauld. A construção começou em 1847. Louis Visconti fez as plantas deste castelo, mas quem o construiu foi René Holden. Ele substitui a construção original, composta de trinta peças pertencente à Ida de la Potherie, esposa do Conde de La Rochefoucauld. O castelo atual foi concluído em 1854, ou seja, 6 anos de construção, um recorde para a época.
O Conde e a Condessa tiveram dois filhos. Sua filha, Marie, morreu em 1868 de tuberculose em uma das quatro torres do castelo. Seu filho Henri herdaria os domínios do château com a morte de sua mãe, em 1886. No entanto, ele morreu em 1893 sem deixar herdeiros. O castelo foi posto à venda e quem o adquiriu foi o Marquês General de Cortes. Ele fará algumas modificações, tais como, colocar em seus devidos lugares suas armas, salão de festas equipado, quadros e móveis. O château será habitado pela família até a morte do general em 1931. A propriedade é, então, posta mais uma vez à venda. Durante a Segunda Guerra Mundial, o castelo foi requisitado por oficiais alemães. Em 1948, a comuna de Choisy-le-Roi comprou o castelo para mandar os filhos para o acampamento de verão até 1970. Depois disso, ele caiu no total esquecimento e mais completo abandono. Foi preciso esperar a chegada de dois antiquários ingleses, em 2000, para começar a restauração.
A família Nicholson, de New Jersey, EUA, é a atual proprietária do château desde 2002. Esta família continua lentamente as restaurações. São realizadas excursões durante todo o ano. Pode-se ver todo o andar térreo e subsolo. Quatro quartos para hóspedes suntuosos podem ser reservados.
O castelo foi parcialmente tombado como monumento histórico em 3 de julho de 1980. Depois, todas as fachadas e telhados das edificações, as fachadas e telhados da portaria, a água estagnada, todo o parque ao redor do castelo, com seu muro delimitador, fachadas e telhados da torre de água, dita "tour de Mon plaisir”, a glacière, usinas do parque, ruínas artificiais, fachadas e telhados da fazenda conhecida como "La Basse-Cour", o jardim murado e as casas de seus jardineiros entraram por despacho de 15 de marco de 2004.
A decoração de paredes e tetos apresenta as armas da família, bem como sinais de luto pela Condessa. Também é notável a biblioteca e a pequena capela com as imagens da família sagrada nos vitrais. Este último ainda mantém uma pintura original com a Cruz de Lorena e Cruz de Jerusalém.
O château também foi decorado com um salão sobre a água, um moinho e uma glacière, mas eles foram destruídos durante a Segunda Guerra Mundial. O jardim da frente foi desenhado por Choulot, amigo do Conde de La Rochefoucauld, que representa alguns desenhos de Versailles. Nos fundos, cerca de 600 hectares de floresta, trilhas e jardins onde se faziam treckings.
Este parque à inglesa, abriga as manufaturas que supriam o castelo, ruínas artificiais, a fazenda conhecida como "La Basse-Cour” e ainda as habitações dos jardineiros que, assim como o jardim murado, foram todos inscritos como monumentos históricos.
Pouco antes de se mudar para o castelo, o Conde de La Rochefoucauld faleceu. Sua esposa, a Condessa Ida de La Rochefoucauld, foi quem terminou a construção do castelo em si. Foi ela, a Condessa, que mandou edificar a torre “C'est mon plaisir” que era o lema da família. Estábulos, ainda hoje utilizados, substituirão as oficinas de R. Hodé. Uma porta gigantesca e muros de 16 metros de altura deixarão a casa mais discreta.
O pecado maior foi o patrimônio histórico do governo francês deixar um château com história ainda viva transformar-se em “Castle Weddings, Holidays or just B&B, Enjoy the Magic”. Esse não é o único, o Château de Brissac era o “Castelo de Caras”... Afinal, estamos em tempos de república.


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